Poder fazer esta Pós Graduação, refletindo sobre a questão de Gênero e Raça em nosso país e de maneira bem particular do lugar onde vivo, tem sido uma experiencia muito gratificante, pois até então não tinha parado pra pensar sobre tais questões.
Após iniciar o curso a minha percepção deste tipo de problema é outra, consigo no meu dia a dia prestar mais atenção aos acontecimentos que me cercam e que até então passava despercebido.
Tenho podido a partir de então, olhar com outros olhos como nós mulheres realmente somos desvalorizadas em vários seguimentos, ou seja, no lar enquanto mães e donas de casa, no mercado de trabalho etc...
O curso tem despertado em mim o desejo real de fazer algo que possa contribuir para que as mulheres do município onde vivo possam despertar para uma luta em prol de ter seus valores reconhecidos, pelo maridos, filhos, patrões e enfim por toda a sociedade civil.
Não presencio no meu cotidiano a questão da discriminação racial, porém, percebo que muitas mulheres negras do meu convívio se sentem diminuídas perante a sociedade e tenho um desejo muito grande de mostrar-lhes que são tão importantes quanto as loiras e morenas bonitas, perfumadas e maquiadas que desfilam pra lá e pra cá pelas ruas e corredores dos departamentos públicos e empresas privadas como se fossem as únicas mulheres da face da terra.
Fazendo a leitura dos textos que nos são expostos a cada módulo, minha mente trabalha pensando no que será possível fazer para que essa realidade possa ser mudada.
Como no primeiro Módulo nos foi apresentado o Tema: POLÍTICAS PÚBLICAS: conceitos, objetivos e práticas de participação social, eu pude avaliar e imaginar uma imensidão de coisas que talvez pudessem ser feitas para mudar a realidade que nos rodeia, eis alguns dos problemas que pude perceber que existem no meio de nós e que não percebemos.
Ao ler os textos, me vem a mente o problema que enfrentamos em nosso município relacionado aos mendigos trazidos por outros municípios para nossa cidade, são pessoas que por alguma razão perderam sua identidade, seu direito a um lar, o respeito dos outros, em resumo se resumiram ao nada que todos o consideram, mas que também ninguém consegue indicar um caminho para a solução do problema, o que vemos é que são pessoas que vem de alguma lugar sem rumo, e ao chegar em alguns municípios são transportados na calada da noite e jogados em nossas praças e calçadas e ali deixados como se nada fossem, é preciso descobrirmos uma forma de sanar essa questão, afinal são seres humanos com direitos e deveres contemplados na CF/88.
-Mulheres violentadas diariamente dentro de seus lares por maridos embriagados, ou ainda totalmente fora de si por uso de drogas mais fortes.
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